sábado, 9 de outubro de 2010

Filme sobre Chico Xavier alcança recorde de público na estreia

Por Valéria Castor :: 7°período de Jornalismo


O longa-metragem “Chico Xavier – o filme” foi um sucesso desde a estreia, que ocorreu no feriado da Semana Santa, ao alcançar a marca de 593 mil ingressos vendidos, se tornando um recorde de bilheteira entre os lançamentos de filmes nacionais. Com a direção de Daniel Filho, a história é baseada no livro biográfico “As vidas de Chico Xavier”, do escritor Marcel Souto Maior.
O roteiro é contado a partir de uma entrevista feita com o médium no programa de auditório “Pinga Fogo”, da extinta TV Tupi. No palco que remonta essa passagem de Chico, entrevistadores o questionam sobre a veracidade de seu trabalho, alvo de desconfiança por parte de alguns.

Esse estereótipo de um incrédulo nas atitudes do espírita é vivido por Tony Ramos, que encena Orlando, marido de Glória que, por sua vez, é interpretada por Cristiane Torlone. O casal perdeu o único filho quando, acidentalmente, o amigo dele disparou um revólver e o acertou. Desde então, a mãe procurava se comunicar com o rapaz por meio das cartas escritas por Chico Xavier, que dizia fazer esse tipo contato espiritual com a ajuda da entidade Emmanuel (André Dias). Em uma das sessões, ela recebeu um papel com dez linhas, que acreditava terem sido ditadas ao médium pelo filho.

Conforme os relatos durante o programa, o filme retrata os momentos que permearam a vida do protagonista, iniciando com o cotidiano da infância difícil que teve sob os cuidados de sua madrinha, personagem da atriz Giulia Gam, até a fase madura, na qual já dominava com facilidade as sessões de psicografia que constantemente cedia aos fiéis. Matheus Costa, Ângelo Antônio e Nelson Xavier vivem o próprio Chico nas diferentes fases abordadas.

Entre aqueles que conferiram de perto toda essa produção estão as amigas que estudam Jornalismo, Mônica Turboli e Juliana Alchorne. A primeira afirma que, quando assistiu a essa história no cinema, descobriu a fundo sobre o ícone do Espiritismo nacional. “O filme me permitiu conhecer mais sobre uma personalidade brasileira tão importante”. Ela, que já era amante de longas da terra natal, conta que a direção de Daniel Filho e o enfoque do roteiro no médium chamaram a sua atenção na hora de escolher o que ver, diante de todos os concorrentes em cartaz.

Da mesma forma que a amiga, Juliana Alchorne também foi ver a exibição na telona. Mas, ao contrário de Mônica, a universitária já sabia como a doutrina espírita funcionava antes de ter contato com a película. Isso porque vem de uma educação em que esses conceitos sempre estiveram presentes.  Ela revela o que o mito Chico Xavier representou durante o seu aprendizado. “A história dele é fantástica. Foi um ser humano que literalmente seguiu os mandamentos de Cristo. Passa uma grande lição sobre autoconhecimento pois, ele desde criança, procura entender e administrar o seu dom. Era uma pessoa que vivia com muito pouco, mas era rica em espírito”, diz a estudante, que define Chico pelas palavras amor e paz, já que o considera um dos únicos cidadãos do mundo que alcançou a divindade.

Chico Xavier – o filme ainda está em cartaz nos diversos cinemas da cidade.

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