sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DICAS DE COMO LIDAR COM PROBLEMA DO LIXO

As consequências do lixo para a saúde da população

 

Você já prestou atenção no que faz com o lixo da sua casa? E depois que é levado pelo caminhão de lixo, você sabe para onde ele vai e de que forma afeta sua saúde? O professor David Zee, coordenador do Mestrado Profissional em Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida, esclarece os danos à população que podem ser gerados pela má gestão dos dejetos lançados em aterros e lixões. Além de dar algumas dicas aos leitores sobre o assunto.

1) Quais os males que o lixo traz à saúde do povo?
Os impactos do lixo na saúde pública dependem, primeiramente, da sua origem. Naturalmente quanto à qualidade, o lixo hospitalar e o químico que apesar de serem específicos são extremamente perigosos e devem ser dispostos de forma cuidadosa. A seguir, o lixo doméstico e industrial que são também uma ameaça, principalmente pela quantidade e pelo modo difuso que são despejados ao meio ambiente.

2) Como tornar os lixões menos nocivos ao meio ambiente e, consequentemente, à vida das pessoas?
Primeiramente é preciso saber que a gestão do lixo deve ter três fatores:
À coleta, ao tratamento do resíduo em função da sua origem e à disposição adequada em aterros sanitários controlados. Desta forma os lixões não deveriam ser locais de depósito de resíduos. Estes locais devem ser escolhidos com cuidados definidos quanto ao encapsulamento dos aterros, tratamento do chorume (líquido segregado do lixo), e posterior recomposição ambiental do aterro.

3) O que é feito hoje, no Rio de Janeiro, para resolver essa questão?
O Rio de Janeiro conseguiu avançar neste quesito com o projeto do novo aterro sanitário de Seropédica que, nos próximos anos, vai substituir o lixão de Gramacho, em Caxias. Este vai receber o lixo de alguns dos municípios mais populosos do Grande Rio.

4) Como a sociedade deve se posicionar para fiscalizar as autoridades?
A cobrança da sociedade dos seus governantes deve ser na obtenção de avanços ainda maiores, como uma maior cobertura dos recolhimentos principalmente nas comunidades de baixa renda, implementação efetiva da coleta seletiva nos bairros de classe média e alta, incentivos a cooperativas de catadores, investimentos em mais aterros sanitários, além de programas de educação ambiental e divulgação maciça dos equipamentos urbanos de coleta e limpeza para um maior uso por parte da sociedade.


Entrevista feita por Valéria Castor
Veiga Informativo Online

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