sábado, 9 de outubro de 2010

Cinema e Carnaval são debatidos na 6ªSecom da Veiga

Por Valéria Castor :: 7°período :: Jornalismo
Galera de Carnaval. Créditos: Valéria Castor:: 7°p de Jornalismo

Na quarta-feira, 29 de abril, foi mais um dia de programações da 6ª Semana da Comunicação (Secom) da Universidade Veiga de Alemida, no campus Tijuca. Os alunos puderam acompanhar, na sala 217A, dois debates de temas diferentes em sequência.

O primeiro deles abordou a dinâmica da distribuição cinematográfica de filmes nacionais e estrangeiros, apontando táticas de lançamentos dos produtos e presença da assessoria de imprensa no processo de tornar público as novidades do circuito.

Para dar bases a essa palestra, os convidados apresentaram algumas maneiras de realizar esses trabalhos, como, por exemplo, por meio de promoções. Helena Peregrino, uma das participantes desse debate e representante da “Espaço Z” que é especialista nesses assuntos, ressaltou a importância da formação de parcerias com empresas e também com pessoas públicas para facilitar a divulgação do material a ser veiculado. Ela e os demais convidados – João Beltrão, Franco Rodrigues e Rafaela, da ‘Downtown filmes’, colocaram que é necessário ainda saber o momento em que se deve dar visibilidade a determinado longa. Tudo depende do conteúdo que se tem em mãos para publicar.

Segundo Rafaela, a ajuda da assessoria é fundamental para dar o respaldo ao distribuidor nas orientações de onde e como entrar no negócio de divulgação de um produto, no caso, de filmes. “Todo filme lançado, quando sair, já está quente no mercado. Está todo mundo sabendo que ele vai acontecer e você recebe o retorno da indústria, que é o financeiro, sendo este o objetivo final”, detalhou. Ainda de acordo com ela, a ‘Downtown filmes’ está se empenhando bastante no trabalho de atendimento, considerado o maior canal de interação com o público-alvo. Isso é feito por meio de ações promocionais que auxiliam na propagação do produto em questão no mercado.

João Beltrão completou a idéia da função que o assessor de imprensa tem no meio do cinema. Nesse contexto, o profissional de Comunicação deve evindenciar o filme em destaque em um dado momento para a mídia espontânea – rádio, televisão e impressos – como forma de colocá-lo entre os formadores de opinião. E, para isso, de acordo com o palestrante, deve-se conhecer bem o conteúdo do que será divulgado para se saber quem se deseja atingir. O trabalho dos assessores começa três meses antes do longa entrar em cartaz. Marcam, então, reuniões com esses formadores de opinião para traçarem quais possíveis direcionamentos dar à divulgação, que cresce ainda mais no meio digital, onde encontra nas mídias sociais uma forma fácil e rápida de alcançar o público.

Durante toda a palestra, os estudantes se mostraram interessados, fazendo perguntas e se atento aos pontos levantados para análise na palestra. Logo após esse evento, saltando de cinema para carnval, no mesmo lugar, os universitários também participaram ativamente de um debate com quatro assessores de escola de samba do Rio de Janeiro, Flavia Cirina, do Salgueiro, Leandro Valente, da Porto da Pedra, Avelino Ribeiro, da Grande Rio, e Elisa Fernandes, da Mocidade Independente de Padre Miguel. A conversa transcorreu de forma bem descontraída, mas ressaltando assuntos que envolvem a função do assessor no ambiente carnavalesco.

Ambiente esse que, segundo Leandro Valente, está se profissionalizando cada vez mais. Ele, que não veio das raízes das agremiações e passou a se dedicar ao assessoramento da Porto da Pedra, entendeu que faltava um caráter midiático à escola. Conseguiu fazer com que esse detalhe fosse observado pelo presidente Paulo Menezes, dando a importância pela qual lutava. “Há possibilidades de emprego na área carnavalesca, mas são pouco exploradas”, afirmou Leandro. Elisa Fernandes aproveitou esse posicionamento do assessor da escola de São Gonçalo e o modificou no sentido que ela não considera esse meio mal explorado.

Apresentaram também que muitos jornalistas não se informam como deveriam para fazer coberturas de imprensa do eventos cultural mais imponente do país. Segundo os assessores, muitos chegam despreparados para as entrevistas, sem saber ao menos, por exemplo, o nome dos integrantes daquela escola. Eles apontam que faltam profissionais informados para tratar desse ramo. Existem páginas on-line, inclusive, colocam notícias que sequer se asseguraram de serem verdadeiras, ou seja, não entram em contato com as respectivas assessorias para se certificar de que determinado fato ou dado é verídico. Por isso, ao final da conversa, Avelino Ribeiro deixou para os universitários a idéia de que é essencial para o profissional que cuida da comunicação de uma empresa trabalhar sempre de maneira sincera. “Digam sempre a verdade”, concluiu.

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