segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Convidado divide experiências com alunos da UVA

Thaís Mussuauer conta como cresceu na profissão longe de casa

Por Valéria Castor:: 8°período de Jornalismo



A jornalista Thaís Raeli Mussauer que atua especialmente na área política, foi mais uma convidada da disciplina de Estudos Complementares, na qual os alunos de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida (UVA) têm a oportunidade de conhecer melhor o cotidiano da profissão – em seus mais variados ramos – por meio de relatos de quem trabalha com essa atividade.

Mussauer é formada pela própria UVA e se foca na função de assessora de imprensa, principalmente, no estado do Mato Grosso. Ela foi para a região, rica na agricultura, assim que concluiu o a graduação no Rio de Janeiro, mas, por dificuldade em encontrar boas ofertas de emprego na metrópole carioca, viu no Centro-Oeste um mercado interessante e não muito explorado por profissionais da comunicação.

No início, se hospedou na pequena cidade de Primavera do Leste, onde foi contratada para trabalhar no ramo que pretendia e, desde então, convites de emprego não faltaram, já que ficou conhecida por todos no estado e seu trabalho era bastante visado. Do interior, foi para a capital Cuiabá, onde o mercado mais uma vez abriu as portas para Mussuauer.

Entre as atividades das quais participou estão a campanha eleitoral de 2006, durante a qual fez coberturas, por exemplo, dos movimentos dos Sem-Terra. A partir desse momento, descobriu o marketing político. Ela também já tem no currículo a função de assessora da Secretaria de Saúde. Durante esse período, pôde conhecer de perto as dificuldades que o setor enfrenta no país. “Fiz campanhas sobre doação de sangue e de órgãos, além de ajudar a promover a conscientização a respeito da importância do aleitamento materno”, lembra a jornalista, que hoje está na assessoria do vice-governador do Mato Grosso.

De forma independente, a convidada da UVA conta que ela é quem faz as pautas, vai atrás das fontes para compor suas reportagens e é responsável por registrar as próprias fotografias. O material é publicado no site para o qual também trabalha.  Com todas essas funções, conseguiu se aproximar dos grupos de relacionamentos da localidade e percebeu algumas características de lá.

A primeira é o interesse do povo mato-grossense no mundo da política. Seja para alcançar o cargo de síndico, vereador, deputado ou governador, sempre há fortes campanhas que servem como base para obter essas lideranças. A segunda particularidade é a abertura para poder se manifestar sobre os assuntos que cobre, mesmo estando na postura de jornalista em um determinado evento. Se, por exemplo, ouve discussões sobre legislação e discorda, tem a chance de se envolver e defender seus argumentos. Ou seja, isso mostra um caminho mais livre para o trabalho e para a cidadania, já que, afinal, o profissional de comunicação faz, também, parte da sociedade civil. “Isso te dá mais liberdade profissional”.

Os universitários que puderam ouvir os relatos no dia participaram com questionamentos a fim de conhecer ainda mais o cotidiano do jornalista, que, não necessariamente, deve atuar na cidade natal. O exemplo de Mussauer mostra, justamente, essa possibilidade para os jovens, que chegam ao competitivo mercado da imprensa.


sábado, 11 de dezembro de 2010

Alunos conhecem o cotidiano do jornalista de moda

Por Valéria Castor - 8º período de Jornalismo

Fran Pimentel foi a convidada da disciplina de Estudos Complementares em Jornalismo na Universidade Veiga de Almeida. Ela, que trabalha como jornalista de Moda, deu uma aula sobre o cotidiano de quem atua nessa área. O conteúdo que apresentou aos alunos presentes começava pela história da moda no Brasil, que veio da Europa nos séculos XVIII e XIX.

Para contextualizar, a jornalista contou que, por volta de 1830, surgiu o primeiro impresso brasileiro a abordar todos os assuntos do universo feminino, o Marmota Carioca.  Mais tarde, entre 1910 e 1920, seguindo tal avanço, nos Estados Unidos e na Europa, aumenta o número de revistas especializadas e que, a partir desse momento, já trazem reportagens e gravuras.

Já, em 1930-40, o jornalismo se mostra influenciado pela política em um período em que o Movimento Feminista ganha forças. E é, também, nesse contexto que a moda conquista a importância para a indústria, que a viu como um negócio bastante lucrativo. Nos anos seguintes, mais especificamente entre 1950 e 1960, renasce o jornalismo de moda, que passa a se focar nos comportamentos.

Esse novo pensamento originou a era da moda que, desde o início, passou a ser sinônimo de status social. Se a pessoa está vestida de acordo com a época ou acompanha a tendência de determinado período, ela é aceita nos grupos que compõem a sociedade. Mas, se essa mesma pessoa não seguir as mudanças ditadas pelos estilistas e não se adequar à realidade do momento, será ignorada. Ou seja, a moda pode significar o sucesso ou o fracasso.

Durante essa aula, a convidada explicou que, nos periódicos de moda, há informações que ensinam à população, por exemplo, como se vestir e que cor usar, de acordo com as várias ocasiões do dia a dia. Além de dar, também, sugestões de como se comportar diante das situações cotidianas e de passar conceitos de etiqueta. Isto é, o veículo funciona como uma consultoria de moda, algo que, muitas vezes, se reflete na autoestima da pessoa.

Ela lembra ainda que não é só a mídia especializada nesses assuntos - a exemplo de Claudia, Elle, Vogue, Nylon, Cosmopolitan, Happer’s Bazaar e Desfile - que influencia na maneira de pensar e agir dos cidadãos. As bonecas, como Barbie e Susi, também ditam a moda, pois seus modelos servem de base para muitas criações de estilistas.

 

Flu volta a ser líder a 2 rodadas da decisão

Por Valéria Castor - 8°período de Jornalismo


A duas rodadas da grande decisão, os torcedores estão prestes a saber quem será o time vencedor do Campeonato Brasileiro de 2010. No último final de semana, partidas significativas definiram os rumos dos clubes na competição.  No sábado, o Grêmio derrotou o Atlético Paranaense por 3 a 1 e marcou presença no G4.

No mesmo dia, o Ceará foi ao Prudentão jogar contra o Grêmio Prudente. Os times não conseguiram mais do que o empate de 1 a 1, o que leva o representante paulista à soma de 28 pontos e à confirmação de já está rebaixado.

Para fechar o dia, o Flamengo, que precisava urgentemente de uma vitória, conseguiu chegar a esse objetivo ao ganhar do Guarani por 2 a 1 dentro do Engenhão. O rubro-negro, agora, respira mais aliviado na 13ª posição da tabela, mais distante do fantasma do rebaixamento que o assombrava até então.

No domingo, mais resultados mexeram com a classificação. O São Paulo perdeu para o Fluminense de 4 a 1 e o Corinthians ficou no 1 a 1 com o Vitória. Esses placares levaram o tricolor carioca de volta ao topo da tabela, com 65 pontos, seguido pelo Timão, que tem 64. Também nesse dia, o Botafogo foi derrotado, em casa, pelo Internacional por 2 a 1.

E não foi só o clube botafoguense que não teve um bom desempenho. O Palmeiras também fez feio diante do Atlético Mineiro, que o venceu por 2 a 0. Esse resultado foi vantajoso para o Galo porque o afastou da zona mais temida da tabela. Ao contrário do Palmeiras e do Botafogo, o Avaí conquistou a vitória sobre o Atlético Goianiense por 3 a 0. A situação de ambos é delicada porque estão à beira da zona de rebaixamento a duas rodadas do final da competição.

Por falar em situação complicada, o Goiás também se encontra cada vez mais perto da Segundona. O clube goiano, que está com apenas 32 pontos e é o vice-lanterna da classificação, dificultou ainda mais a vida depois de perder, por 4 a 1, do Santos, em pleno Serra Dourada. Já o Vasco e o Cruzeiro, que estão em situações bem melhores na tabela, foram os que encerraram essa 36ª rodada. Os mineiros se saíram melhor com o placar de 3 a 1 sobre os cariocas na Arena do Jacaré.  

Próximos Jogos – 37ª rodada:

Domingo, 28 de novembro:
Atlético Goainiense X São Paulo – às 17h, Serra Dourada
Corinthians X Vasco – às17h, Pacaembu
Internacional X Vitória – às 17h, Beira Rio
Flamengo X Cruzeiro – às 17h, Raulino de Oliveira
Atlético Mineiro X Goiás – às 17h, Arena do Jacaré
Avaí X Santos – 17h, Ressacada
Palmeiras X Fluminense – às17h, Arena Barueri
Guarani X Grêmio – às 17h, Brinco de Ouro
Ceará X Atlético Paranaense – às 17h, Castelão
Botafogo X Grêmio Prudente – às 17h, Engenhão

Jornalista política leva conhecimentos sobre a área para alunos da UVA

 Por Valéria Castor - 8º período de Jornalismo

A turma de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida acompanhou mais um módulo de mini-palestras nas duas últimas segundas, dias 27 de setembro e 4 de outubro. Dessa vez, os alunos conheceram o cotidiano de um jornalista político por meio das experiências da convidada Cleide Luciane Antoniutti. Ela, que é mestre em Sociologia Política (UFRJ), especialista em Marketing Político (Fesp) e jornalista (UEPG) ressaltou que segue a profissão de comunicação há 15 anos e já dá aulas há 11 em graduações e há 7 anos em cursos de pós-graduação.
Oriunda de Curitiba, a jornalista e professora analisa o mercado político como um campo amplo para quem trabalha com informação. O importante, segundo ela, é não criar ambientes ruins em partidos diversos, ou seja, procurar se manter ético com todos porque são diferentes opções e não seria interessante afastar nenhuma. A convidada já conheceu o ambiente de rádio, televisão e impressos, além de já ter trabalhado com análise de imagens para o governo paranaense e como assessora de imprensa de um deputado do PSDB - com  o qual atuou por 6 anos e meio. Ela frisa que a passagem por outros veículos, nomeadamente o rádio, foi fundamental para a carreira. "No rádio, ganhei faro jornalístico", afirma. 

Tudo isso começou no interior do Paraná, mais especificamente em Ponta Grossa, onde aprendeu muito sobre como fotografar, fazer pautas, enfim, todos os detalhes que compõem uma pauta. Na área de televisão, esteve na RBS, do Rio Grande do Sul. Cleide aponta que, no interior, vivenciou a política e, assim, passou a assessora na Câmara dos Vereadores de Venceslau Brás, outra pequena cidade de seu estado. Lá, conta que a sociedade tinha dificuldade de encará-la sem discriminação. "Sofri com preconceito por ser jornalista política e estar sozinha no Paraná", lembra ressaltando que, em lugares menores, não existe neutralidade - ou se está de um lado da política ou de outro. 

Aos poucos, foi galgando até que foi trabalhar ao lado do senador Osmar Dias por mérito próprio, ou como ela mesma disse, "sem indicação". Além dele, também esteve com o filho de Osmar, Álvaro Dias, quando este representou o estado no senado. Hoje, à frente da utilização das redes sociais como ferramentas para o jornalismo político e após anos de proximidade com o mundo da política, a sua percepção é de que o povo brasileiro prioriza a imagem do candidato quando escolhe em quem votar.  E sobre a chegada das novas tecnologias, a professora e jornalista Cleide tem sua opinião formada. "A Internet democratizou a política, pois aproximou o candidato dos eleitores. Trouxe instantaneidade. Essa é a diferença da campanha eleitoral de 2010 para as anteriores", analisa. 

No segundo encontro com os universitários, no dia 4 de outubro, houve uma reflexão sobre as eleições que ocorreram no dia anterior, com a observação das porcentagens de votos ganhos por cada candidato concorrente aos cargos, em especial, ao cargo de presidente da república. Além disso, Cleide preparou um material em power point para esclarecer melhor os conceitos a respeito do tema Comunicação Política, que, de acordo com a convidada, está sempre em movimento. Isso porque a sua aplicação é fundamental antes, durante e depois do período eleitoral. 

Entre as informações que um profissional dessa área divulga estão os gostos e os afazeres de um determinado político. Porém, no ambiente virtual, esse tipo de comunicação não alcançou êxito. E, por conta disso, os profissionais não se prepararam para esse ramo do mercado digital. Apenas no Twitter esse serviço foi positivo porque foi uma forma de aproximar os candidatos do povo.

Ex-aluno de Jornalismo da UVA conta as experiências profissionais


 Por Valéria Castor - 8º período de Jornalismo

O assessor de imprensa Adilson Rodrigues foi mais um convidado da disciplina de Estudos Complementares em Jornalismo a dar uma breve palestra aos alunos do curso de Comunicação Social da Universidade Veiga de Almeida (UVA). O encontro aconteceu no Campus Tijuca da instituição, no dia 22 de dezembro de 2010 e o tema girou em torno das atividades que um assessor de comunicação tem no seu cotidiano.

O jornalista teve - com convite - a oportunidade de rever o local onde, há 6 anos, se formou. Na época da faculdade, chegou a trocar de graduação, indo para Processamento de Dados, mas não gostou e decidiu retornar ao Jornalismo. Durante o curso, surgiu a chance de estagiar na Comlurb (Companhia Municipal de Limpeza Urbana), algo que ele não desperdiçou. Até o momento, suas únicas experiências tinham sido na própria universidade.

Já nessa empresa desde 2005, Adilson Rodrigues acumula conhecimentos da área de assessoria de comunicação, que, de acordo com ele, deve fazer o elo entre a organização e a imprensa. Dentro da Comlurb, o jornalista coordenou, recentemente, uma seleção para admitir novos estagiários com o objetivo de facilitar o trabalho de sua equipe.  Aliás, por falar em tarefas, o convidado frisou que, em alguns momentos, há muito que fazer e, às vezes, é complicado dar conta de tudo. Porém, é preciso ter calma e “jogo de cintura”.

Ele reforçou também que é importante, para um aluno que quer seguir a carreira, ter perseverança no que se pretende alcançar. “Não desistam porque conheci muitas pessoas que não entraram no mercado de comunicação e, hoje, estão em áreas bem diferentes – por exemplo, trabalhando como gerentes de banco ou em setores administrativos. Não que haja problema em atuar nesses ramos, mas não seguem seus sonhos”, explicou.

O jornalista aproveitou que falava sobre isso para dar algumas dicas de como se manter atraente no mercado de trabalho. Segundo ele, é essencial ter idiomas, além do Inglês, que considera obrigatório. Além dessa característica, apontou que uma atitude diferencial é mostrar iniciativa para desenvolver projetos, apresentar idéias de destaque – como a produção de um novo site ou blog para a empresa - e se colocar sempre pró-ativo para participar de tudo que vise a melhorar o ambiente corporativo.

Adilson ressaltou ainda o quanto é importante para o jornalista conhecer sobre todas as editorias que compõem um veículo de comunicação. Deu o seu próprio exemplo, já que, além de ter os afazeres de um assessor, também se preocupa em ser colunista da página eletrônica “Bola Pra Quem Sabe”. Nesse site, escreve sobre o clube carioca Flamengo.

Entretanto, mesmo com tanto a fazer e com a boa colocação na carreira, ele não descuida dos seus compromissos como estudante. No momento, aprofunda os conhecimentos na pós-graduação em Jornalismo Cultural, que cursa, atualmente, na Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro). 

Durante a conversa, o convidado explicou como são os serviços da Comlurb e de que modo a comunicação ajuda. Também levantou a questão da ética no dia a dia de quem atua na mídia. Em algumas ocasiões, é necessário saber lidar com problemas e administrá-los da melhor maneira possível.

Mais uma rodada de emoções no Brasileirão 2010

Por Valéria Castor • 8º período
O fim de semana foi repleto de jogos por todo o país, encerrando a 17ª rodada do do primeiro turno do Campeonato Brasileiro. No sábado, tudo ia bem para o Vasco, que vencia do Cruzeiro em São Januário por 1 a 0, até um chute de Thiago Ribeiro não desviasse no zagueiro Fernando, enganasse o goleiro vascaíno e deixasse tudo igual no placar. Dessa forma, o time carioca ficou na 10ª posição da tabela, podendo ainda disputar, mais adiante, a Copa Sul-Americana. O dia também não foi tão bom para o Botafogo, que perdeu para o Internacional de 1 a 0 no Beira Rio. Com essa derrota, os botafoguenses deixaram o 4º lugar da classificação para o próprio colorado e, agora, seguem em 5º com 27 pontos. Além dessas partidas, outras duas fecharam o sábado. O Santos, agora como 3º da tabela, ganhou do Goiás de 2 a 0 e o Ceará empatou com  o Grêmio Prudente, no Castelão, em 2 a 2.

Os demais jogos ficaram para serem decididos no domingo. Logo de início, o Atlético Mineiro perdeu para o Palmeiras de 2 a 1 e continua na Zona de Rebaixamento. No mesmo horário, o Corintians enfrentou o Vitória no Pacaembu e o Flamengo foi ao Brinco de Ouro encarar o Guarani. Na capital paulista, a festa para recepcionar a volta do Fenômeno deu ânimo ao time, que ganhou o adversário por 2 a 1. Já em Campinas, o Flamengo do técnico interino Barroso e sob os olhares atentos do novo técnico Silas, que só assistiu ao jogo de longe, tropeçou após estar vencendo de 1 a 0 até os acréscimos do segundo tempo. Por descuido, o rubro-negro deixou o Guarani empatar e, em seguida, virar a partida. Por causa disso, os cariocas agora estão na 13ª colocação e fora da Sul-Americana.

Outro carioca também não teve um bom desempenho. O líder Fluminense terminou a partida em 2 a 2 com o São Paulo no Maracanã e, no momento, só conta com três pontos de diferença para o segundo colocado, Corintians. Dois clubes também tiveram um resultado como esse: Atlético Goianiense e Avaí, que se enfrentaram, às 18h30, no Serra Dourada. Para concluir a rodada, o Grêmio empatou com o Atlético Paranaense em 1 a 1 e, dessa forma, o tricolor gaúcho está na 16ª posição, no extremo mais temido da classificação.

Próximos jogos – 18ª rodada:
Quarta-feira, 01/09/2010:
Grêmio Prudente X Botafogo – Prudentão, às 19h30
Vitória X Internacional – Barradão, às 19h30
Grêmio X Guarani – Olímpico, às 19h30
Goiás X Atlético Mineiro – Serra Dourada, às 21h
Fluminense x Palmeiras – Maracanã, às 22h
Cruzeiro X Flamengo – Parque do Sabiá, às 22h
Atlético Paranaense X Ceará – Arena da Baixada, às 22h

Quinta-feira, 02/09/2010:
São Paulo X Atlético Goianiense – Morumbi, às 21h
Santos X Avaí – Vila Belmiro, às 21h


Obs: A partida entre Vasco e Corintians, referente a essa rodada, foi adiada para 13 de outubro por causa da comemoração dos 100 anos do Timão

Fim de semana de tropeço para uns e festa para outros

Por Valéria Castor :: 7°período de Jornalismo

No sábado, dia 21 de agosto, três jogos decidiram o destino de seis clubes nessa 15ª rodada do Brasileiro. O Botafogo de Joel Santana confirmou mais uma vez sua ótima fase ao vencer o Avaí por 1 a 0 no Engenhão, ficando em 3º lugar. O Goiás, ao contrário do carioca, perdeu por 2 a 1 do Grêmio Prudente, no Serra Dourada, e permanece em situação crítica no campeonato. Já o Ceará alcançou um bom resultado, ganhando do Grêmio de Renato Gaúcho por 2 a 1 dentro de casa. Agora, o representante do Nordeste se mantém na 4ª colocação do grupo mais cobiçado da competição: o G4.

A continuação das partidas aconteceu no domingo, dia 22, e dois clássicos mexeram com a tabela e com os corações dos torcedores. No Rio de Janeiro, foi dia de Fluminense e Vasco no Maracanã. O tricolor, mesmo com grandes contratações, tropeçou e conseguiu apenas um empate de 2 a 2, o que atrapalhou os planos de se isolar na liderança. E esse quadro ficou ainda pior quando o clássico paulista terminou com o placar de 3 a 0 para o Corintians sobre o Sâo Paulo. Por causa dessa vitória, o time da segunda maior torcida do Brasil ficou em segundo lugar, com 31 pontos, logo atrás do Fluminense, que tem 33. Além desses jogos, outros ocorreram. Como foi o caso de Atlético Paranaense e Flamengo. O rubro-negro carioca não queboru o tabu de não vencer na Arena da Baixada, já que a partida terminou em 1 a 0 para os mandantes do campo e os empurrou um pouco mais longe da Zona de Rebaixamento.

Além do Furacão, mais um clube do Sul jogou no domingo. O Internacional recebeu o frágil Atlético Goianiense no Beira Rio e empatou em 1 a 1. Depois desses times, foi a vez de Guarani e Palmeiras terminarem a rodada com apenas mais um ponto, pois o placar não saiu do 0 a 0. Mesmo assim, o clube paulista permanece na região da tabela que corresponde aos competidores da Sul Americana. Já o Santos e o Vitória conseguiram resultados satisfatórios. Os meninos da Vila ganharam, dentro de casa, por 2 a 0 do Galo mineiro, que ainda está na Zona de Rebaixamento. E o time baiano se consagrou em um jogo de um único gol, que foi suficiente para a torcida fazer a festa. Mais jogos do Brasileirão acontecem nessa quarta e quinta-feira.  Veja na tabela abaixo os confrontos dessa semana.

Quarta-feira, 25/08/2010:
GoiásXFluminense–SerraDourada, às19h30
BotafogoXCeará–Engenhão, às19h30
AvaíXInternacional–Ressacada, às19h30
GrêmioPrudenteXAtléticoParanaense–Prudentão, às 21h
GrêmioXSantos–Olímpico, às 22h
Cruzeiro X Corintians – Parque do Sabiá, às 22h

Quinta-feira, 26/08/2010:
PalmeirasXAtléticoGoianiense–Pacaembu, às 21h
VitóriaXGuarani–Barradão, às 21h
Flamengo X Atlético Mineiro – Maracanã, às 21h

Agência UVA

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Na final do Brasileirão, Fluminense ergue a taça após 26 anos do primeiro título

Por Valéria Castor:: 8°período de Jornalismo

 
A rodada final do Campeonato Brasilieiro começou na quinta-feira, dia 2 de dezembro, com o jogo entre Grêmio Prudente e Internacional. Nesse caso, o colorado derrotou por 3 a 0 o adversário, que já estava rebaixado desde rodadas anteriores,já que permaneceu como lanterna na maior parte da competição. Enquanto isso, o Inter, que já ia para a Libertadores, apenas confirmou o favoritismo nessa partida.

A decisão do campeonatou ficou mesmo para domingo, 5 de dezembro. E foi nesse dia que o Brasil conheceu o campeão de 2010, o Fluminense. O tricolor carioca, depois de 26 anos de levantar a primeira taça do Brasileirão, pôde festejar novamente o título, após vencer do Guarani por 1 a 0 no Engenhão, com gol marcado pelo jogador Emerson. O clube de Campinas, entretanto, não teve essa sorte, pois também desceu para a Segunda Divisão do futebol nacional, com a soma de apenas 37 pontos. Outro clube rebaixado foi o Vitória, que ficou só no 0 a 0 com o Atlético Goianiense, em pleno Barradão.

Além desses, outros jogos aconteceram pelo país e definiram o futuro dos demais clubes. O Vasco, por exemplo, fez 2 a 0 sobre o Ceará, dentro de casa, e garantiu a vaga para disputar a Sul-Americana no ano que vem. Ao mesmo tempo, o Atlético Paranaense conseguiu o placar de 1 a 0 ao enfrentar o Avaí, na Arena da Baixada. Com esse resultado, o Furacão, da mesma maneira que o Vasco, participará da Sul-Americana. Já o time catarinense, que totalizou 43 pontos, não conseguiu nada melhor do que a 15ª posição, o que o deixou fora das demais competições.

No último dia da rodada final, também teve a goleada de 4 a 0 do São Paulo sobre o Atlético Mineiro. Mesmo assim, tanto os são paulinos quanto os alteticanos vão para a Sul-Americana. Isso mostra a superação do Galo, que sofreu com o risco de rebaixamento por muitas rodadas, mas conquistou a penúltima vaga para essa disputa. Atrás dele, na última vaga, ficou o Flamengo. O time rubro-negro encerrou a participação no Brasileiro de 2010, nesse domingo, com a o empate de 0 a 0 com o Santos e, com a ajuda de outros jogos, conseguiu o último lugar para a Sul-Americana.

Enquanto isso, outros clubes, que disputavam  o título com o Fluminense, jogaram. O Corinthians empatou com o Goiás em 1 a 1 e o Cruzeiro venceu, de 2 a 1, do Palmeiras. Dessa forma,o segundo lugar ficou com a Raposa e o terceiro com o Timão. E, por fim, Grêmio e Botafogo se enfrentaram para saber qual dos dois ficaria com a última vaga para a Libertadores de 2011. Os gremistas levaram a melhor ao derrotaram o clube liderado por Joel Santana, por 3 a 0, no Olímpico. Com isso, os botafoguenses, que somaram 59 pontos e fecharam o campeonato no 6º lugar, participarão da Sul-Americana.

Agência UVA

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Palestra ConscientizAção Vocal


Palestra conscientiza sobre a saúde vocal dos professores na UVA

Prof.Dr.Sávio durante a palestra "ConscientizAção Vocal"
No último dia 26 de novembro, os alunos e docentes da Universidade Veiga de Almeida (UVA), graças a uma iniciativa que uniu os cursos de Fonoaudiologia e de Comunicação Social dessa instituição, tiveram a oportunidade de conhecer melhor um dos instrumentos de trabalho mais usados pelos mestres: a voz. Em uma palestra ministrada pelo professor Dr. Domingos Sávio Oliveira, os conceitos e as questões que envolvem a conscientização vocal desse tipo de profissional foram esclarecidos. 

Entre esses pontos abordados durante o evento, o palestrante ressaltou, por exemplo, que a alimentação balanceada é muito importante para quem dá várias aulas em um mesmo dia.  Isso porque, como o próprio especialista explicou, não é saudável que alguém se dedique a tantas horas de trabalho sem sequer se alimentar adequadamente.

Além disso, Domingos apontou que um dos vilões da saúde vocal é o grito, pois é altamente prejudicial às cordas vocais, uma vez que estas são bastante frágeis. Outro aspecto ruim para quem não pode descuidar das condições do aparelho vocal, como é o caso dos professores, é a permanência em ambientes com pouca umidade ou com mofo.

Para evitar esses e outros problemas, os mestres, antes de darem suas aulas, devem se preparar para enfrentar horas de explicações, principalmente, quando estas vêm acompanhadas de broncas. Por causa disso, o aquecimento vocal é de extrema necessidade. “Isso dá conforto à voz e facilita a comunicação, já que o esforço para falar, consequentemente, será menor porque a voz sairá de forma mais natural”, afirmou Domingos.

Ainda sobre a manutenção da saúde vocal entre docentes, o palestrante evidenciou também que seria prudente que esses profissionais fizessem avaliações periódicas, pelo menos, uma vez ao ano. Ou seja, ter acompanhamento de especialistas, como um fonoaudiólogo e um otorrino, é essencial para quem quer se manter saudável nas salas de aula.

Há outros detalhes que também merecem atenção de quem usa muito a voz de forma no ambiente de trabalho. É o caso de algumas manias da linguagem verbal, que podem ser agressivas para a garganta, como, por exemplo, o timbre exagerado - algo que, normalmente,se torna um hábito e não é corrigido. “Quem está acostumado a falar alto demais, dificilmente mudará”, salientou o professor.



Por Valéria Castor

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Os resultados da 34ª rodada dos clubes da série A do Brasileirão 2010



Mais um fim de semana de futebol pelo Campeonato Brasileiro de 2010 e, a cada dia que passa, os clubes ficam mais próximos de saber quem será o grande campeão. No sábado, a 34ª rodada foi aberta com três partidas. E, a primeira delas foi o chocolate de 5 a 1 que o Ceará tomou do Grêmio no Olímpico. Enquanto isso, o Internacional empatou em 2 a 2 com o Atlético Goianiense no Serra Dourada. Com isso, o time goiano está a duas posições de voltar para a Zona de Rebaixamento.

No domingo, mais jogos sacudiram as redes e os corações dos torcedores. O Vitória enfrentou o Cruzeiro e, em pleno Barradão, perdeu de 1 a 0. A Raposa mineira ocupa, no momento, a terceira posição, logo atrás do Corinhtians e do Fluminense. Por falar neles, o dia também teve a participação desses dois clubes que ainda brigam pela liderança do campeonato. O Timão venceu o clássico contra o São Paulo por 2 a 0 dentro do Morumbi e, agora, está em segundo lugar na tabela. Isso porque o tricolor carioca derrotou o Vasco, no Engenhão, e somou 61 pontos, tendo um a mais do que o time defendido por jogadores renomados como o Ronaldo Fenômeno e o lateral Roberto Carlos.

Além disso, o dia também teve a goleada de 4 a 1 do Grêmio Prudente sobre o Goiás no jogo dos desesperados, já que são os dois últimos na classificação. No Ressacada, o Avaí recebeu o Botafogo e o placar não saiu do 0 a 0. Enquanto isso, o Palmeiras conseguiu a vitória sobre o Guarani por 1 a 0. Ao contrário desse desempenho positivo do clube paulista, o o Flamengo não alcançou o resultado que precisava para sair da situação delicada em que está. No, Raulino de Oliveira, o Atlético Paranaense venceu o rubro-negro por 1 a 0 e complicou ainda mais a vida dos cariocas na tabela, deixando-os a quatro pontos da Zona de Rebaixamento.

Próximos jogos – 35ª rodada:

Quarta-feira, 10 de novembro
Ceará X Botafogo – 21h50, Castelão

Sábado, 13 de novembro
Atlético-MG X Flamengo – 19h30, Arena do Jacaré
Santos X Grêmio – 19h30, Vila Belmiro
Corinthians X Cruzeiro – 19h30, Pacaembu

Domingo, 14 de novembro
Internacional X Avaí – 17h00, Beira Rio
Guarani X Vitória – 17h00, Brinco de Ouro
Vasco X São Paulo – 17h00, São Januário
Atlético-GO X Palmeiras – 17h00, Serra Dourada
Fluminense X Goiás – 19h30, Engenhão
Atlético-PR X Prudente – 19h30, Arena da Baixada

 Por Valéria Castor - 8°período de Jornalismo

Faltam 5 rodadas para a final do Brasileirão

Times definem seus rumos a cinco rodadas do fim do Brasileirão

A cinco rodadas do fim do Campeonato Brasileiro, as noites de quarta e quinta-feira foram de futebol pelo país todo e a maioria das partidas aconteceu no primeiro desses dias. Às 19h30, o Grêmio, por exemplo, ganhou de 2 a 0 do Goiás dentro do Serra Dourada para desespero dos goianos, que continuam na Zona de Rebaixamento. Ao mesmo tempo, na Vila Belmiro, o Santos empatou com o Vitória da Bahia em 1 a 1. Assim, o Peixe ocupa a 5ª posição e o time baiano está na 14ª, ou seja, a duas colocações da região mais indesejada da tabela.

Ainda nesse mesmo horário, mais três jogos mexeram com os corações dos torcedores. O Fluminense foi ao Beira Rio enfrentar o Internacional, mas o placar não saiu do insosso 0 a 0, o que não distanciou o tricolor – ainda na liderança da competição – do segundo colocado, o Corinthians. Enquanto isso, o Botafogo fez bonito diante da torcida ao vencer de 3 a 2 do Atlético Goianiense em pleno Engenhão. O alvi-negro carioca está, agora, no 4º lugar da classificação, com 54 pontos, isto é, 4 a menos que o líder. Também às 19h30, Guarani e Atlético Mineiro se enfrentaram em uma partida sem gols. A situação crítica do Galo, que se propagou durante o campeonato inteiro, não mudou: o time não sai da amarga 17ª posição e corre o risco de ser rebaixado se não tiver resultados positivos.

Ainda na quarta-feira, três partidas encerraram a noite. O Corinthians conseguiu uma vitória e se saiu muito bem diante do Avaí, com um resultado favorável de 4 a 0. Agora, ocupa a segunda posição da tabela, logo abaixo do Fluminense, que está em primeiro. Já, no Parque do Sabiá, o São Paulo derrotou o Cruzeiro por 2 a 0, deixando a raposa na terceira colocação. Para finalizar, o Flamengo empatou em 2 a 2 com o Ceará no Castelão. O rubro-negro segue em 13º e o os cearenses em 11º no Brasileirão.

Na noite seguinte, mais duas partidas trouxeram modificações para a classificação. O Vasco venceu do Grêmio Prudente de 2 a 1, diante da torcida em São Januário. Com esse resultado positivo, o time carioca segue em 11º lugar, confirmando a participação na Sul-Americana. Ao contrário disso, o Prudente permanece na última posição da tabela. Quem também não teve uma noite muito boa foi o Palmeiras, que perdeu para o Atlético Paranaense, na Arena da Baixada, pelo placar de 1 a 0. Os dois clubes continuam dentro dos que disputarão a Sul-Americana.
 Por Valéria Castor – 8º período de Jornalismo

domingo, 31 de outubro de 2010

DICAS DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL

Sacolas retornáveis podem substituir as plásticas de vez

Por Valéria Castor 

A substituição das sacolas plásticas pelas retornáveis é o tema da coluna Dicas dessa semana. O entrevistado é o coordenador do MBA em Planejamento e Gestão Ambiental da Universidade Veiga de Almeida, Cezar Pires. Segundo ele todos têm de tomar consciência e colocar essa mudança em prática na sua rotina.

Informativo Veiga Online - Como tornar a substituição das sacolas plásticas pelas retornáveis uma realidade?
Pires - A palavra é Educação Ambiental. Este é o grande instrumento de conscientização para que possamos levar nossas próprias bolsas para as compras ao invés de consumirmos as tais das sacolas plásticas que trazem, como sabemos, problemas ambientais, pois levam até 300 anos para se decompor na natureza.

Informativo Veiga Online - Quais medidas são tomadas para estimular o uso das sacolas retornáveis?
Pires - Além da conscientização, o poder público poderia simplesmente proibi-las. Não gosto desse caminho que pode levar a transgressão, isto é, uma lei nesse sentido de proibição poderia não ser entendida e aceita e assim seria burlada. Conhecemos bem o que acontece quando uma lei não “pega” no Brasil.
Outra alternativa, que gosto mais, é usar o instrumento econômico. Isto é, de alguma forma taxar as sacolas plásticas. Por exemplo, hoje o custo ambiental de usar essas sacolas não é levado em consideração no preço final delas. Se isto for considerado, certamente o preço dessas sacolas subiria e iria obrigar o mercado a cobrar por ela. Como acontece na Irlanda desde 2002, onde se paga por elas e o dinheiro arrecadado é revertido em projetos ambientais. É importante perceber que esta alternativa não exclui a conscientização ambiental já citada.

Informativo Veiga Online - Em alguns países, como a China, a pessoa que preferir usar o saco plástico nos supermercados precisa pagar por essa ação. Isso acaba sendo um estímulo para o consumidor preferir as retornáveis.
Pires - Sem dúvida, o instrumento econômico que pode ser de taxação, como dito, mas que também pode ser de subsídios e incentivos para caminhos ambientalmente corretos, é um instrumento poderoso e deve ser usado em paralelo a outros instrumentos ligados à educação.
Existem também as alternativas tecnológicas como as sacolas de pano, papel ou ainda de plástico oxibiodegradáveis. Esta última, apresenta tempo de degradação até 100 vezes menor, levando apenas três anos para se decompor. Alguns supermercados, visando associar suas imagens ao meio ambiente, aderiram às sacolas oxibiodegradáveis por conta própria no Brasil.

Informativo Veiga Online - Existe algum programa parecido no Rio de Janeiro?
Pires - Existem projetos de leis estaduais para substituir as sacolas de plástico pelas oxibiodegradáveis que tramitam no Rio Grande do Sul, no Paraná e no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a Assembléia Legislativa chegou a aprovar um projeto que tornaria obrigatório o uso dos oxibiodegradáveis.


Informativo Veiga Online - O senhor acha que o fato das sacolas retornáveis ainda estarem com alto custo no Rio pode afastar o cidadão desse novo hábito?
Pires - Sim, claro. Em nossa sociedade o aspecto econômico é com certeza um dos mais importantes. Porém, se as sacolas tradicionais espelharem os custos ambientais que elas têm em seu preço final, esta diferença entre elas e as oxibiodegradáveis no que diz respeito ao preço final, pode acabar.

Informativo Veiga Online - Qual é o motivo para essa medida ainda não ter entrado de vez no cotidiano do carioca?
Pires - Quando surgiram, no fim da década de 1950, as sacolas de plástico eram motivo de orgulho das redes de supermercados e símbolo de status entre as donas de casa.
Creio que além do motivo econômico já citado, o cultural também deve ser considerado. São muitos anos usando-as e mudanças culturais, às vezes, requerem um certo tempo para ocorrerem.

Entrevista feita por Valéria Castor


Veiga Informativo Online

sábado, 23 de outubro de 2010

MATÉRIA ESPECIAL - Violência nos estádios é válvula de escape

 Por Valéria Castor 


A segurança nos estádios esportivos não é a mesma de antigamente e, hoje, as pessoas ficam mais receosas para irem a uma partida entre dois grandes times. Isso, na realidade, é um reflexo das frustrações que os cidadãos sofrem no cotidiano das grandes metrópoles, já que os mesmos enxergam os problemas dos jogadores dos clubes como se fossem os seus.

Essa é a visão da professora Teresa Fragelli, responsável pela disciplina e pelo estágio de Psicologia e Esporte, do Curso de Graduação em Psicologia da Universidade Veiga de Almeida. A Matéria Especial dessa semana traz uma entrevista com a professora sobre as questões relacionadas a esse tema, tão atuais para a sociedade.

Informativo Veiga Online - O que leva uma pessoa a ter atitudes violentas em um jogo de futebol? O que a faz agir assim?
Fragelli - Os esportes de massa funcionam como uma válvula de escape das frustrações da rotina do torcedor, que vivenciam os sucessos e fracassos dos jogadores como se fossem seus.

Informativo Veiga Online - Mesmo tendo consciência de que atos violentos é uma conduta errada e conhecendo suas consequências alguns torcedores ainda praticam. Qual o motivo disso?
Fragelli
- Ela se decepciona quando o espetáculo não exerce um poder catalisador e quer descarregar suas frustrações de qualquer maneira.

Informativo Veiga Online - O que acontece no psicológico de um torcedor que mata um torcedor do time adversário, por exemplo, só por causa das divergências ligadas ao futebol? É algum distúrbio psíquico?
Fragelli
- Pode ser, uma vez que o ato demonstra uma incapacidade de controle dos impulsos.

Informativo Veiga Online - Há tratamentos para pessoas agressivas, como esses torcedores que participam de episódios violentos em estádio?
Fragelli - Sim. Nos EUA existe um movimento crescente de psicólogos esportivos que atuam diretamente junto aos torcedores, no sentido de amenizar situações de conflito e violência entre torcidas.

Informativo Veiga Online - Quem tem responsabilidade por essa situação, que se agrava cada dia mais?
Fagelli
- O poder público que falha nas ações de segurança, a mídia, dirigentes, técnicos e torcidas rivais que fomentam a situação. Além da política de resultados positivos onde o importante é vencer a qualquer preço.



quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol)e a Libertadores

Por Valéria Castor

Conmebol volta atrás e aceita mais um brasileiro na Libertadores

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) decidiu que voltarão a ser quatro vagas para a disputa pela Taça Libertadores da América pelo Campeonato Brasileiro. A instituição reavaliou o pedido da CBF pela quarta vaga na competição nacional, ao contrário do havia afirmado no mês passado.
Na ocasião, a Conmebol colocou que cinco representantes brasileiros teriam essa oportunidade. No caso, se fosse assim, o Internacional, por ser o atual campeão das Américas, e o Santos, campeão da Copa do Brasil mais os três colocados do Campeonato Brasileiro de 2010 iriam se classificar para essa competição.

Agora, com essa nova decisão, mais um time terá a chance de disputá-la. “É uma prova de que existe consenso nas decisões do futebol na América do Sul. Os clubes brasileiros voltaram assim a ter premiados o seu desempenho no campo esportivo”, comemorou Ricardo Teixeira, presidente da CBF.


quarta-feira, 20 de outubro de 2010

A 30ª rodada do Brasileirão

Mais uma rodada decisiva para os times brasileiros
 Por Valéria Castor:: 8º período de Jornalismo

Na 30ª rodada do Brasileirão, os clubes deram mais um passo para decidir o futuro de cada um. No sábado, dois jogos abriram o fim de semana. O Flamengo enfrentou o Internacional no Engenhão e superou a expectativa de todos, já que estava diante do atual campeão das Américas. O resultado foi muito satisfatório para os rubro-negros, que venceram por 3 a 0 e, agora, se afastaram da Zona de Rebaixamento e foram para o grupo que disputará a Sul-Americana. Para fechar o dia, outro rubro-negro somou três pontos na tabela. O Atlético Paranaense ganhou de 2 a 1 do Goiás, que permanece como vice lanterna da competição.

Mais partidas agitaram o país e alteraram a classificação, deixando torcedores ainda mais nervosos e ansiosos. O dia começou com o 0 a 0 entre Guarani e Corinthians, que teve dois gols marcados por Ronaldo que foram anulados. Ao mesmo tempo, mais dois jogos aconteceram. O Vasco perdeu para o Atlético Goianiense, no Serra Dourada, por 2 a 0. Esse resultado tirou o time goiano da Zona do Rebaixamento. Agora, ele está na 16ª posição com 32 pontos. Ao contrário disso, o Atlético Mineiro e o Grêmio tiveram placares positivos. O Galo conseguiu 2 a 0 no jogo contra o Avaí e o time de Renato Gaúcho fez 2 a 1 sobre o Cruzeiro em casa, para alegria dos tricolores gaúchos.

O domingo também foi bom para o São Paulo, que derrotou o Santos por 4 a 3, e para o Vitória, que venceu de 2 a 0 do Grêmio Prudente. O clube paulista segue como o último na classificação. Outras duas partida encerraram a rodada desse fim de semana. O Fluminense, ainda sonhando em voltar para a primeira posição da tabela, não conseguiu sair do 0 a 0 contra o Botafogo, no Engenhão. O destaque do clássico foi o goleiro da seleção brasileira, Jefferson, que fez duas defesas imprescindíveis para alívio dos botafoguenses. Enquanto isso, na Arena Barueri, o Palmeiras e o Ceará terminaram em 1 a 1.

Próximos jogos - 31ª rodada:

Sábado, 23 de outubro
Guarani X Atlético-GO – 18h30, Brinco de Ouro
Botafogo X Vitória – 18h30, Engenhão

Domingo, 24 de outubro
Ceará X São Paulo – 16h, Castelão
Atlético-PR X Fluminense – 16h, Arena da Baixada
Corinthians X Palmeiras – 16h, Pacaembu
Goiás X Avaí – 16h, Serra Dourada
Grêmio X Internacional – 18h30, Olímpico
Vasco X Flamengo – 18h30, Engenhão
Cruzeiro X Atlético-MG – 18h30, Parque do Sabiá
Santos X Prudente – 18h30, Vila Belmiro


sexta-feira, 15 de outubro de 2010

DICAS DE COMO LIDAR COM PROBLEMA DO LIXO

As consequências do lixo para a saúde da população

 

Você já prestou atenção no que faz com o lixo da sua casa? E depois que é levado pelo caminhão de lixo, você sabe para onde ele vai e de que forma afeta sua saúde? O professor David Zee, coordenador do Mestrado Profissional em Meio Ambiente da Universidade Veiga de Almeida, esclarece os danos à população que podem ser gerados pela má gestão dos dejetos lançados em aterros e lixões. Além de dar algumas dicas aos leitores sobre o assunto.

1) Quais os males que o lixo traz à saúde do povo?
Os impactos do lixo na saúde pública dependem, primeiramente, da sua origem. Naturalmente quanto à qualidade, o lixo hospitalar e o químico que apesar de serem específicos são extremamente perigosos e devem ser dispostos de forma cuidadosa. A seguir, o lixo doméstico e industrial que são também uma ameaça, principalmente pela quantidade e pelo modo difuso que são despejados ao meio ambiente.

2) Como tornar os lixões menos nocivos ao meio ambiente e, consequentemente, à vida das pessoas?
Primeiramente é preciso saber que a gestão do lixo deve ter três fatores:
À coleta, ao tratamento do resíduo em função da sua origem e à disposição adequada em aterros sanitários controlados. Desta forma os lixões não deveriam ser locais de depósito de resíduos. Estes locais devem ser escolhidos com cuidados definidos quanto ao encapsulamento dos aterros, tratamento do chorume (líquido segregado do lixo), e posterior recomposição ambiental do aterro.

3) O que é feito hoje, no Rio de Janeiro, para resolver essa questão?
O Rio de Janeiro conseguiu avançar neste quesito com o projeto do novo aterro sanitário de Seropédica que, nos próximos anos, vai substituir o lixão de Gramacho, em Caxias. Este vai receber o lixo de alguns dos municípios mais populosos do Grande Rio.

4) Como a sociedade deve se posicionar para fiscalizar as autoridades?
A cobrança da sociedade dos seus governantes deve ser na obtenção de avanços ainda maiores, como uma maior cobertura dos recolhimentos principalmente nas comunidades de baixa renda, implementação efetiva da coleta seletiva nos bairros de classe média e alta, incentivos a cooperativas de catadores, investimentos em mais aterros sanitários, além de programas de educação ambiental e divulgação maciça dos equipamentos urbanos de coleta e limpeza para um maior uso por parte da sociedade.


Entrevista feita por Valéria Castor
Veiga Informativo Online

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Revista Veiga +: Tecnologia em Shows Musicais

A vida por trás dos bastidores de um show
Preparativos para fazer espetáculos chamativos aos olhos de todos

             Uma a uma, as luzes começam a se acender. Elas surgem dos diversos holofotes e refletores espalhados pelo palco. Em seguida, os primeiros acordes entram em sintonia com os efeitos luminosos, causando êxtase na plateia que assiste ao início do espetáculo. Esse palco é o sustento de uma série de equipamentos que desenvolvem a estrutura necessária para transformar o show em magia e despertar as mais diferentes emoções em cada um dos espectadores, enlouquecidos pela euforia que toma conta de todos. De repente, os telões passam a exibir o princípio do que promete ser a melhor apresentação que já se viu. Para os fãs, ela realmente será. Alegria, lágrimas de felicidade, coração palpitando. Sentimentos que revelam que os olhos não conseguem acreditar que estão diante da realização de um sonho. Mas, para alcançar o objetivo de suscitar cada sensação dessas, é preciso muito trabalho nos bastidores. Tudo deve estar em seu devido lugar e cautelosamente preparado para arrancar gritos e suspiros do público. A base para tal tarefa é a parte técnica de som e iluminação, um tanto complicada de ser entendida por quem não é do mundo da música. Mas nada que os detalhes não possam desvendar.

A montagem de todas essas novidades trazidas pela tecnologia só foi possível nos últimos anos porque, antigamente, na época em que os Beatles se apresentavam, para ir a um show de rock admirar o som da banda, era preciso ter muito otimismo, já que a potência dos amplificadores era equivalente àquela presente nos sistemas de som caseiros e alto-falantes projetados para irradiar a narração de determinadas jogadas de eventos esportivos. Como esse equipamento era brando quem estava no palco necessitava se esforçar ao máximo para que fosse ouvido em meio a milhares de fãs que gritavam enlouquecidos por estarem diante de seus ídolos musicais. Esse público não era tão exigente quanto à qualidade do som e se importava mais em ter a possibilidade de ver aqueles que idolatravam.

Esse tipo de show pôde, com o passar do tempo, utilizar sofisticadas técnicas eletrônicas, oriundas de uma onda de tecnologia que invadiu o mundo musical. A união entre som pesado, iluminação de diversas cores e efeitos visuais passou a emanar uma energia contagiante aos ouvidos e olhos dos espectadores. Ao contrário das exibições praticamente inaudíveis dos Beatles, os espetáculos da rainha do Pop, Madonna, revelaram a todos uma maneira diferente e muito mais abrangente de expressar sentimentos por meio da música, sempre alicerçados em mega-produções. Computadores entram de forma fundamental para levar essas mudanças cruciais aos palcos, gerando, inclusive, microcomputadores capazes de dar comandos a teclados, que, sozinhos, fazem um show completo.

Caroline Arci, frequentadora assídua de apresentações como essas, que buscam ser verdadeiros espetáculos, conta o que chama a sua atenção nos palcos. Para ela, que tem um gosto musical diversificado que vai de música clássica a rock, o primeiro detalhe a ser visto é a banda. Em seguida, percebe se o equipamento está bom, se os músicos acompanham o ritmo corretamente e, claro, se interagem bem com o público. “Quando percebemos que o cantor e a banda estão realmente emocionados com o que estão transmitindo, quando é perceptível que a situação não é superficial, me agrada bastante”.

No Brasil, apenas quem tinha condições financeiras, por volta das décadas de 60 e 70, podia usufruir o avanço tecnológico que transformava shows pobres em qualidade de som em espetáculos inesquecíveis por suas produções detalhadamente perfeitas. Aramis Barros, integrante da banda Canibais e produtor musical, explica como era esse período inicial. “No final dos anos 60 e início dos 70, o melhor equipamento ainda era bem precário. Não havia as caixas de retorno para o artista se ouvir no palco e a variedade de marcas de instrumentos era bem limitada. O acesso a equipamentos e instrumentos importados também era muito difícil”, conta.

Mesmo com tanta modificação, um princípio continuou igual, ainda depois da chegada dos adventos tecnológicos: o de jogar a música sobre o público.  Para que isso ocorra, o som realizado pelos artistas passa de energia acústica a energia elétrica. Assim, ela é processada e amplificada, transformando-se mais uma vez em energia acústica. Esse é o princípio. Por isso, na montagem do projeto de instalação do equipamento usado na apresentação, o ponto inicial a ser observado pelo engenheiro de som é saber tudo sobre o local do show. A importância dessa análise está em não deixar que nada interfira na passagem do áudio entre a fonte sonora e o ouvido da plateia, pois altera a qualidade do som. 

Outra fã de shows, Ana Carolina Ranquini, estudante de Psicologia da Universidade Veiga de Almeida, costuma assistir a exibições de bandas de rock, seu estilo musical favorito, e acredita que a apresentação deve transmitir o que os músicos sentem. “O importante é sentir a emoção que vem dos palcos e entender todos os significados que cercam isso”.

Ainda sobre o detalhamento que forma o show, há outro ponto que não é menos importante do que estudar a localidade em que vai ocorrer a apresentação musical, que é saber como é feita a estrutura que vai sustentar todo esse aparato voltado para que a exibição não seja fracasso. Essa estrutura é o palco, que deve ser montado cuidadosamente. Yuri Bandeira, músico e vendedor de instrumentos em uma loja da Tijuca, pensa em cada uma dessas minúcias quando faz um show com sua banda, na qual toca guitarra e canta. Ele explica como é a tal formação antes de receber os artistas e seus equipamentos. “O palco é formado por um tipo de alambrado de metal e, em seguida, por uma parte de madeira, que é vista já montada pelo público no momento do show”.

Da mesma maneira que o áudio recebe esses tratamentos, a iluminação também é cautelosamente preparada para cada apresentação, e pode variar de acordo com os diferentes estilos musicais. Tudo isso porque é ela que mostra a banda em foco a todos. É essencial que ande ao lado da música sempre pois, assim como pode dar o tom da emoção passada ao público, também pode atrapalhar o que os artistas querem transmitir, de modo a prejudicar a comunicação expressa ali. Sergio Cruz, produtor do cantor Lafayette, explica que o técnico dessa parte deve entender bem de cores básicas e da mistura entre elas. “É fundamental ter amplo conhecimento e prática na ‘afinação’ da luz para não correr o risco de fazer projeções de fachos sem ninguém. Ou seja, quando é o caso de haver luz individual”.

Ele ainda aponta outra característica essencial para um técnico em luz dar a magia ao show: criatividade para criar quadros de apresentação, variando conforme a canção. Por isso, para acertar cada detalhe, é necessário ter conhecimento musical, até por ter de contar o tempo das melodias. Se não souber isso, o operador pode entrar em momento errado com a luz. Sergio enumera mais alguns pontos a que esse tipo de profissional deve se ater. “Saber elaborar, desenhar e ler o plano de luz dado pelo produtor ou diretor do show. Conhecer de energia elétrica para poder lidar com o equipamento e projetar a carga elétrica necessária para uso do mesmo”, resume.

Yuri Bandeira acredita que os efeitos visuais são tão fundamentais no show que, para ele, se não forem cautelosamente observados e planejados, podem levar a apresentação ao fundo do poço. E acrescenta que, para a equipe fugir desse futuro ruim, tudo no palco deve caminhar em harmonia. “A iluminação é o destaque. Os efeitos especiais dela vêm da para mostrar o show da banda realmente. Na realidade, quando se vai a um show, o ideal é ver as três partes unidas: interpretação, música e dança. Por esse motivo, o técnico de iluminação expõe até a coreografia em bandas que possuem corpo de dança. Nesse sentido, os passos são acompanhados pela luz. É um trabalho em equipe”, diz.

Som, luz, efeitos especiais, qualidade e profissionalismo. Características apontadas como necessárias para o sucesso. É por isso que o trabalho nos bastidores é frenético e ninguém pode tropeçar, já que um deslize pode significar erros, muitas vezes, bem perceptíveis no palco. Todos os que atuam por trás do que é exibido precisam andar juntos, compreender ou, pelo menos, ter uma boa noção das partes que compõem essa magia construída diante de milhares de espectadores. 

Quando cada detalhe fica pronto – equipamentos afinados, luzes de acordo e equipe técnica em sintonia para guiar os donos do show – a maior promessa é brilhar. É isso que todos querem atingir. E, com essa finalidade, arriscam explosões pirotécnicas, malabarismos inacreditáveis e tantas outras surpresas que fazem o público ir à loucura. Dessa forma, aos poucos, o delírio passa a reinar entre os amantes que aguardavam ansiosamente pelos ídolos. A harmonia dos efeitos e sons entra em ação e abre espaço para a banda ganhar o palco. Perfeição, enfim, alcançada. O show começa.

Os segredos que permitem os shows chamarem a atenção do público
Como a equipe se prepara para fazer uma simples exibição virar uma magia inesquecível

Alguns detalhes técnicos são de grande importância na montagem de shows. Por exemplo, em ambiente com superfícies tidas como “vivas”, como vidros e cimento, o som rebate e vira inúmeros outros sons iguais, repetidos em instantes distintos. Ou seja, é a chamada reverberação. Já o encontro com superfícies “mortas” - como cortinas, estofamentos ou cortiças -, abafa o som. Então, durante o estudo sobre o local em que será preparado o projeto, o profissional da engenharia acústica precisa confiar em sua apurada observação auditiva e visual, além de contar também com um equipamento denominado spectrum analyser. Essa tecnologia produz um ruído conhecido como “pink noise” - isto é, ruído rosa – que lembra muito o barulho feito por uma turbina de avião, na frequência entre 20 e 20.000 hertz, a qual o ser humano consegue escutar.

Na faixa que vai de 20 a 200 hertz estão os sons graves, na que abrange 200 e 2.000 hertz encontram-se os sons médios e na que vai de 2.000 a 20.000 hertz há os agudos. Para obter o resultado a respeito dessa acústica, microfones ficam por toda parte para captar e informar o spectrum analyser em trinta bandas de frequência sobre a reação do ambiente conforme ao som emitido. O aparelho fica ligado a um computador, detectando respostas, como se o lugar absorve demais o áudio na frequência de 10.000 hertz, o que aumenta o volume. Ou se diminui, caso essa frequência reverbere em excesso. O objetivo dessas observações a fundo é alcançar o equilíbrio entre os sons graves, médios e agudos. Isto é a equalização dos áudios. 

Mas outro ponto que não é menos importante do que estudar a localidade em que vai ocorrer a apresentação musical é saber como é feita a estrutura que vai sustentar todo esse aparato voltado para que a exibição não seja um fracasso. Essa estrutura é o palco, que deve ser montado cuidadosamente. Yuri Bandeira, músico e vendedor de instrumentos em uma loja do bairro carioca Tijuca, pensa em cada um desses detalhes quando faz um show com sua banda, na qual toca guitarra e canta. Ele explica como é a tal formação antes de receber os artistas e seus equipamentos. “O palco é formado de um tipo de alambrado de metal e, em seguida, por uma parte de madeira, que é vista já montada pelo público no momento do show”.

Quando o som sai de onde os músicos estão e segue para a plateia, a ação inicial é de captação. Vozes e instrumentos acústicos usam microfones para isso. Ao mesmo tempo, instrumentos como baixo elétrico ou teclados eletrônicos ficam ligados a uma mesa de som, comandada por um técnico. Dessa ligação direta, o sinal emitido vem elétrico do instrumento e passa por um transformador que recebe o nome de direct box. Então, vai para uma mesa de mixagem. Já no caso da voz e de outros instrumentos, a energia acústica deve ser passada a elétrica por intermédio do microfone.

E, já que todo som é uma vibração de moléculas de ar na forma de ondas com frequências, a voz de quem canta entra no microfone e, nesse instante, sensibiliza um diafragma, que faz movimentos para frente e para trás. Ainda há o microfone dinâmico que dispõe de uma bobina presa a um campo magnético. Ela reage a cada vibração do diafragma ali presente, se movimentando também e produzindo sinais elétricos. Mesmo com tantas formas e estilos de aparelhos que moldam o áudio e ajudam o cantor a fazer sua voz sair do melhor modo para o público, Sergio Cruz, produtor musical do artista Lafayette – do antigo grupo Tremendões -, afirma que quem não tem talento não consegue se transformar em fenômeno da música. “Os recursos básicos, que são de equalização, controle de sub graves, graves, médios, agudos e super agudos, compressores e equalizadores, melhoram muito, além de fazer reverberação e eco. Mas, na verdade, o cara tem mesmo é que cantar”, aponta.

 Do microfone e do direct box saem os sinais elétricos, que vão para a chamada mesa de PA, que em inglês se diz public address, ou seja, é o endereçamento ao público. Esse é o centro de pilotagem do som de qualquer apresentação musical. É justamente por esse mecanismo que passa tudo o que a plateia vai escutar.Em geral, as mesas de PA utilizadas em shows são constituídas por 48 canais, o que equivale à possibilidade de captar 48 fontes sonoras distintas para, então, serem mixadas. O processo de mixagem é a combinação do som de todos esses canais, com os respectivos volumes equilibrados pelo operador para gerar a canção, na qual os instrumentos sejam audíveis. Na realidade, quanto mais canais houver, maior será o controle com precisão de cada instrumento ou cada parte dele. Isso também ocorre com a voz do cantor, que, além de passar por essa mixagem, retorna para o próprio se escutar no palco.

“A voz do cantor também vai para a mesa de som e, depois, tem um retorno, que parte de quatro ou cinco caixas localizadas ao redor dele”, explica o músico Yuri Bandeira. Mas, como não é só o cantor que conta com esse retorno de palco, ele completa o raciocínio dando ainda o exemplo do que acontece com um dos integrantes da banda - o guitarrista – durante o show. “Normalmente, ele leva a sua própria caixa de som. Mas, pode ser que no local já tenha. E a função dela é como a de um amplificador para o músico”, detalha.
Assim que os sinais elétricos transformados chegam à mesa de PA, entram, primeiramente, em um limitar de frequência. O operador, então, escolhe, confiando em seu ouvido, em qual frequência os áudios soam melhor. Nesse instante, passam para as bandas de equalização, nas quais toda fonte sonora receberá o equilíbrio entre cada um dos seus tons. Os sons que vêm do palco vão para o subgrupo de dezesseis canais de saída, que, depois, serão mais uma vez agrupados em oito canais estéreos de saída. Essa subdivisão gradativa dos canais tem duas funções: facilitar o trabalho do operador da mesa durante um show, pois ele se perderia caso tivesse que mexer com 48 canais simultaneamente, e servir de entrada para os efeitos especiais.

Isso é uma parte da montagem dos equipamentos necessários para um show de sucesso. Para Nelson Cardoso, editor-chefe de uma revista especializada nesse tema, a Backstage, a tecnologia está por toda a parte desse processo. “Na última década houve várias mudanças radicais na produção de um show, principalmente no que se refere ao reforço sonoro (PA). A entrada do processamento digital nos consoles de mixagem mudou toda a forma de se pensar e agir em um show ao vivo e sem o uso do ‘play back’. Uma outra mudança significativa na qualidade do áudio nos shows foi a redescoberta dos sistemas de line array”, acrescenta. Esse último advento apontado por Nelson foi visto por cinco empresas brasileiras do ramo de apresentações como uma opção econômica e prática para o momento da montagem. Empresários afirmam, inclusive, que a qualidade do material nacional, se comparado com marcas importadas, apresenta o diferencial de dar a assistência técnica do próprio país. “Hoje este sistemas possuem uma tecnologia, principalmente nos guias de onda, que não existia no século passado”, conclui Nelson.

Mesmo diante de tantos segredos para melhorar a qualidade da voz e do som dos instrumentos voltados para agradar o público, o editor-chefe da Backstage acredita que aqueles que nascem com o dom da música não serão desvalorizados em detrimento das transformações possíveis de serem feitas graças à tecnologia. “Este não é o futuro porque o verdadeiro talento continua a ser o grande diferencial. O processamento da voz a torna pasteurizada e igual. Todos terão o timbre da ‘pata rouca’”, opina. 

Da mesma forma que Nelson, o músico e produtor musical Aramis Barros também expõe o seu ponto de vista a respeito da possibilidade de a tecnologia vencer ou banalizar o talento nato. “O objetivo é e sempre foi evoluir no sentido de melhorar a performance tanto nas gravações como em shows. O ruim é quando se coloca estas ferramentas como prioridade em detrimento da emoção que o artista deve passar”, coloca. 

Ainda sobre a montagem do aparato dos músicos, a partir do chamado “rack de efeitos especiais”, o sinal da voz ou do instrumento vai para um dos oito canais de saída de efeitos e depois para os aparelhos do rack. Quando processado, ele volta à mesa por um canal de retorno de efeitos e segue para o subgrupo dos dezesseis canais, nesse momento, com o efeito misturado aos sons originais. A técnica do rack criou a reverberação, que é uma espécie de eco provocado no som. Isso pode ser agregado à voz do cantor ou tornar o som de uma guitarra mais presente em um local que abafe muito o áudio. Outro procedimento semelhante é o efeito flanging, que consiste em um tipo de reverberação ocorrida pela variação da velocidade do sinal. Também há o compressor, aparelho regulador automático de volume em trechos pré-determinados. Essa tecnologia permite ao cantor gritar porque o som não sai distorcido de modo algum, já que há um programa previamente trabalhado, o que determina o limite do volume necessário. 

Esses cuidados são referentes a uma parte do que monta a exibição. Mas, tão importante quanto o tratamento que se dá ao áudio produzido no palco, é a iluminação dada a cada apresentação, de acordo com o seu estilo. É ela que mostra a banda em foco a todos. Deve andar ao lado da música sempre porque pode dar o tom da emoção passada ao público ou pode atrapalhar os significados que os músicos querem transmitir. Isso prejudicaria a comunicação expressa ali. Sergio Cruz, produtor do cantor Lafayette, explica que o técnico dessa parte deve entender bem de cores básicas e da mistura entre elas. Além disso, é preciso que ele saiba das qualidades de filtros – espécies de gelatina – coloridos para pôr nos refletores, conforme os ambientes gerados pelas canções e os tipos de artistas. Também é importante programar o console de controle desses refletores e dos mooveis (refletores robotizados).

Depois de tudo programado, aquilo que foi estabelecido nos estudos iniciais para preparar o show toma forma. É possível entender, então, que uma exibição musical vai além da energia que sai dos artistas e atinge o público. Ou seja, é uma junção de muito suor e dedicação.


Por Valéria Castor

REPÓRTER UVA

Falta de educação vence no futebol brasileiro
Técnico do Santos é demitido por dar limites a Neymar

Na quarta-feira passada, dia 15 de setembro, aconteceu mais um dos jogos do Campeonato Brasileiro, dessa vez entre Atlético Goianiense e Santos. O Peixe recebia o adversário dentro de casa, na Vila Belmiro, e tinha a partida sob controle, quando Neymar sofreu um pênalti e pediu para cobrá-lo.

O então técnico Dorival Júnior resolveu que outro companheiro da equipe assumiria essa tarefa, o que contrariou a vontade do craque da Vila. Como resposta a essa decisão, o atacante ofendeu o treinador e o colega Edu Dracena, que tentaram acalmá-lo. Perante essa situação, a diretoria do clube puniu Neymar, que não atuou na partida seguinte contra o Guarani.

O combinado seria de que o jogador voltaria para o clássico com o Corinthians, porém Dorival Júnior anunciou, por vontade própria, que ele não estaria em campo nessa partida, desacatando ordens superiores. Tal atitude lhe custou o cargo na madrugada desta terça, 21 de setembro. Isso só deu vantagens ao jogador indisciplinado, que continuará a cometer atos como esses, que só demonstram falta de educação e respeito.
Como disse René Simões, técnico do Atlético Goianiense e que estava presente quando o episódio ocorreu - “estamos criando um monstro”. A atitude de dar limites a Neymar, pela qual Dorival brigou, não foi tão bem-vinda e expressou onde estão os verdadeiros interesses do futebol atual, tão focado no lucro dos negócios. 




Valéria Castor
Repórter da edição:
Valéria Castor
Curso: Comunicação Social/Jornalismo 8º período



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MATÉRIA ESPECIAL - Cuidar da voz é preciso

Não falar alto e se hidratar bem com água em temperatura ambiente são alguns hábitos que todo professor deve cultivar. A saúde vocal desse profissional é essencial para o andamento das aulas, e é importante tomar alguns cuidados para manter o equilíbrio da voz. Já que a fala é o instrumento de trabalho dessa classe, que comemora no dia 15 de outubro, o Dia do Professor.


Além disso, as balas refrescantes e 'sprays' não são recomendados, como afirma o coordenador geral da Pós-graduação Lato Sensu e professor do Curso de Graduação em Fonoaudiologia da Universidade Veiga de Almeida, Reynaldo Lopes. Ele alerta ainda para o risco de beber café quente com água gelada. "Isso pode causar choque térmico e inflamar as pregas vocais", comenta.

Outra dica dada pelo professor Reynaldo é consumir maçã regularmente, porque de acordo com o site da Universidade de São Paulo (USP), limpa o trato vocal, caminho por onde passa a voz. Dentro dos alimentos que fazem bem às pregas estão os que são ricos em fibra, como também mostra o docente.

O site da USP ressalta ainda que o álcool e o fumo também prejudicam a manutenção da fala e que, por isso, devem ser evitados. O professor ressalta que os docentes necessitam de um acompanhamento de especialistas para sempre saber como está a sua saúde vocal. "É bom fazer uma avaliação anual para conhecer como colocar a sua voz sem gritar, já que esses trabalhadores entram em uma sala de aula, desde a primeira vez, sem essa preparação", conclui.


Valéria Castor


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