sábado, 11 de dezembro de 2010

Jornalista política leva conhecimentos sobre a área para alunos da UVA

 Por Valéria Castor - 8º período de Jornalismo

A turma de Jornalismo da Universidade Veiga de Almeida acompanhou mais um módulo de mini-palestras nas duas últimas segundas, dias 27 de setembro e 4 de outubro. Dessa vez, os alunos conheceram o cotidiano de um jornalista político por meio das experiências da convidada Cleide Luciane Antoniutti. Ela, que é mestre em Sociologia Política (UFRJ), especialista em Marketing Político (Fesp) e jornalista (UEPG) ressaltou que segue a profissão de comunicação há 15 anos e já dá aulas há 11 em graduações e há 7 anos em cursos de pós-graduação.
Oriunda de Curitiba, a jornalista e professora analisa o mercado político como um campo amplo para quem trabalha com informação. O importante, segundo ela, é não criar ambientes ruins em partidos diversos, ou seja, procurar se manter ético com todos porque são diferentes opções e não seria interessante afastar nenhuma. A convidada já conheceu o ambiente de rádio, televisão e impressos, além de já ter trabalhado com análise de imagens para o governo paranaense e como assessora de imprensa de um deputado do PSDB - com  o qual atuou por 6 anos e meio. Ela frisa que a passagem por outros veículos, nomeadamente o rádio, foi fundamental para a carreira. "No rádio, ganhei faro jornalístico", afirma. 

Tudo isso começou no interior do Paraná, mais especificamente em Ponta Grossa, onde aprendeu muito sobre como fotografar, fazer pautas, enfim, todos os detalhes que compõem uma pauta. Na área de televisão, esteve na RBS, do Rio Grande do Sul. Cleide aponta que, no interior, vivenciou a política e, assim, passou a assessora na Câmara dos Vereadores de Venceslau Brás, outra pequena cidade de seu estado. Lá, conta que a sociedade tinha dificuldade de encará-la sem discriminação. "Sofri com preconceito por ser jornalista política e estar sozinha no Paraná", lembra ressaltando que, em lugares menores, não existe neutralidade - ou se está de um lado da política ou de outro. 

Aos poucos, foi galgando até que foi trabalhar ao lado do senador Osmar Dias por mérito próprio, ou como ela mesma disse, "sem indicação". Além dele, também esteve com o filho de Osmar, Álvaro Dias, quando este representou o estado no senado. Hoje, à frente da utilização das redes sociais como ferramentas para o jornalismo político e após anos de proximidade com o mundo da política, a sua percepção é de que o povo brasileiro prioriza a imagem do candidato quando escolhe em quem votar.  E sobre a chegada das novas tecnologias, a professora e jornalista Cleide tem sua opinião formada. "A Internet democratizou a política, pois aproximou o candidato dos eleitores. Trouxe instantaneidade. Essa é a diferença da campanha eleitoral de 2010 para as anteriores", analisa. 

No segundo encontro com os universitários, no dia 4 de outubro, houve uma reflexão sobre as eleições que ocorreram no dia anterior, com a observação das porcentagens de votos ganhos por cada candidato concorrente aos cargos, em especial, ao cargo de presidente da república. Além disso, Cleide preparou um material em power point para esclarecer melhor os conceitos a respeito do tema Comunicação Política, que, de acordo com a convidada, está sempre em movimento. Isso porque a sua aplicação é fundamental antes, durante e depois do período eleitoral. 

Entre as informações que um profissional dessa área divulga estão os gostos e os afazeres de um determinado político. Porém, no ambiente virtual, esse tipo de comunicação não alcançou êxito. E, por conta disso, os profissionais não se prepararam para esse ramo do mercado digital. Apenas no Twitter esse serviço foi positivo porque foi uma forma de aproximar os candidatos do povo.

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